20080808

Coaching

Há uns tempos atrás ouvi falar disto de "coaching". Aos mais incautos, isto pode soar a um palavreado do Oeste antigo americano ou a algum método de transporte público... mas não é o caso. Este "coach" é daqueles que treinam o pessoal mesmo.
Escutei algumas realidades interessantes. Apenas vou referir aqui uma. Um "coach" é uma pessoa que, mesmo sem partilhar dos nossos objectivos ou metas, nos pode ajudar a atingi-las.

Pois bem, eu acho que sou um "coach" para certas pessoas. Nomeadamente para os meus animandos.

Quem me conhece sabe que eu sou animador há algum tempo de grupos cristãos. Bem, apenas recentemente passaram a ser "grupos" pois até ao ano passado apenas tinha "orientado" um. Tal como referi no post-resumo do ano, este ano passei para outro. Foi uma história rocambolesca que apenas vou resumir da seguinte forma: após a junção dos meus animandos com outros de outro grupo mais velho, animei 2 grupos durante 3 meses ou pouco mais (18-19 anos e 15-16), findos quais fui "alertado" pela equipa de animadores que a minha continuada presença estava a ser prejudicial para o meu primeiro grupo. Abandonei esse rumo imediatamente e concentrei-me nos mais novos.

Apesar de não poder dizer que já animei muita gente, acho que se pode dizer que já passei por uma quantidade substancial de situações com os meus animandos que me abriram os olhos para certas situações inusitadas e para as quais não estamos nunca preparados como guias espirituais e "vitais".

Seja como for, voltando à história do "coaching", eu sinto-me um pouco como o treinador daquela canalha. E um treinador diferente porque não os estou a ensinar uma ciência ou arte, desporto ou actividade profissional. Não. O que tento fazer é ensinar-lhes a viver... na presença de Deus, nos valores de Jesus. Espero a cada dia, ajudá-los a descobrir o profundo amor de Deus e o verdadeiro sentido de Igreja.

Estes foram os "primeiros"...


E estes são os "últimos"...


Este ano estão a surgir novas experiências nesta actividade. Experiências verdadeiramente desafiantes. Não as conto por respeito à intimidade dos envolvidos, mas apenas direi que está a ser uma aventura... e eu estou a adorar cada vez mais!

Como não tenho melhor maneira de o fazer, digo-o aqui a todos os meus animandos do passado, presente e futuro:

Viva Jesus nos nossos corações...

A Paternidade

Não vou, porque não posso nem quero, fazer aqui uma monografia sobre o que se pode dizer e alertar sobre a vida de pai. São deveras muitas coisas, a vários níveis. Posso, sim, seguindo a tendência geral dos tempos que correm, resumir algumas das mais importantes vivências que este estado nos proporciona.

Ser pai, para mim, não é o cabo dos trabalhos nem a tormenta que tantos anunciam ou preconizam. Não, minha boa gente. Não o é porque o retorno da experiência é por demais superior ao esforço investido. E é-o exactamente porque se investe esforço. O envolvimento com aquele novo ser, parte de nós, compensa qualquer sacrifício e torna-o irrelevante.

Ser pai também é sinónimo de uma relação com o sexo oposto. No meu caso, a minha mulher, devidamente e oficialmente esposa. Ela tem, por força de circunstâncias e opções (já para não falar de alguma preguiça minha) sido o lado desta parelha que mais tem experimentado as delícias da paternidade e eu sei o quanto isso é bom e mau ao mesmo tempo. Bom porque não me tenho abstido das actividades que regularmente levava a cabo antes de recebemos o rebento, ajudando-me na adaptação às novas exigências. Bom também porque tem dado e recebido mais da relação com a nossa pimpolha. Mau porque nem tudo num bebé são rosas e ter que lidar com os espinhos sem apoio (como acontece por vezes) é um esforço injusto para quem quer que seja.
Seja como for, o que tínhamos dantes mudou. Somos agora pessoas diferentes um com o outro, por força das circunstâncias. Apesar de por vezes aparentar que as coisas pioraram pois o tempo que investíamos um no outro é agora redireccionado para outros lados, eu sinto que estamos mais fortes a um nível mais profundo. E isso é que conta.

Agora somos três naquela casa. Agora já não somos apenas um casal. Agora não somos apenas filhos, esperança da nossa família e dos nossos pais. Somos nós próprios pais, esperançosos no futuro que temos pela frente e no legado que vamos deixar.

20080807

Lista rápida

Aqui apresento a lista das coisas que mais relevantes foram ao longo do passado ano em que nada aqui escrevinhei...

Coisas novas:
- Sou pai. Já com o rebento ao colo!
- Estou falido. Ainda sem solução...
- A equipa de animadores de que faço parte achou que seria melhor que eu abandonasse o grupo que animava e me dedicasse exclusivamente ao novo que passei a animar.

Coisas velhas:
- Continuo casado com a mesma pessoa e a morar no mesmo sítio, com a casa igual...
- Continuo a trabalhar no mesmo sítio... logo a segunda coisa nova deste ano.

20080806

É oficial

Boa gente, está decidido: eu sou uma desgraça. É a mais pura realidade e não tenho como a negar (mesmo que isto me venha a desgraçar junto da minha gaija).

Há mais de 1 ano que cá não venho...

... e há mais de um ano que não vou dando as notícias da minha vida aos mais sombrios cantos do mundo.

Mas olhei hoje, quase por acidente, para este pedaço de mim, que nunca chegou a crescer o suficiente para ser significativo... e lamentei não lhe ter investido um pouco mais de tempo.

Vai daí, vou mudar (quantas vezes já eu pensei nisto?): Vou passar a registar mais do que 1 post por ano! Já vai ser uma melhoria!