20081112

Sacramentalização

Um termo que me ficou numa conversa com um amigo há anos foi "Sacramentalização". Naquele contexto, foi uma forma de descrever a forma como as pessoas rodeiam um momento relevante na sua história de todo um conjunto de rituais, símbolos e marcas que procuram dar um toque excepcional ao dito.

Hoje é dia de sacramentalização. É um dia banalíssimo da semana. Mas há 30 anos atrás, a esta exacta hora, eu estava a ser "desembutido" da minha mãe e ser tornado um ser independente. Merece uma sacramentalização? Acho que sim, quanto mais não seja porque estou a entrar numa nova década numérica.

É inevitável perguntar: Estou bem, com 30 anos de vida? E a resposta é afirmativa!

Estou.

Lembro-me que, quando tinha 14 anos e estava embriagado de histórias de heroísmo desportivo, julgava que eu teria que atingir esses mesmos marcos para me sentir realizado. Mas hoje, aos 30 anos de vida, vejo que não. Hoje sinto-me feliz por estar a viver com as pessoas mais importantes para mim. Por sermos felizes assim. Por ainda não ter perdido ninguém chegado, ninguém da família. Por tudo estar bem, mesmo que sempre no meio de muitas dificuldades dispensáveis.

O primeiro presente que recebi neste meu dia de aniversário foi uma cama quente com a minha mulher a dar-me os parabéns ao ouvido e simplesmente isso basta para me sentir preenchido.

O segundo foi uma filha com vómitos... mas com suficiente boa disposição para me dar uns bons chapadões de excitação... às 3 da manhã...

Que mais se pode pedir?

20080905

A informática

Acabo de descobrir um tema inesgotável para divagar... a informática!

A informática está presente na minha vida há muito tempo e por muito tempo. Eu sou daqueles que sabe o que é um ZX Spectrum... pois tive um! 128+ era o seu modelo... e parti-o todo. Ainda tenho algumas coisas dele (como o manual de instruções que descobri há uns dias nas arrumações da garagem) e devo dizer que foi uma experiência meio abortada. Tinha eu talvez 12 anos ou menos quando recebi o bicho e nessa altura ainda não sabia ler inglês (falar sim, mas ler não...) Basicamente ficou por explorar. Apenas joguei nele, quando descobri como se jogava! Aquele ruidinho das cassetes de áudio com jogos (sim gente, o primeiro suporte de jogos que houve na informática foram cassetes áudio banalíssimas que tínhamos que passar para o computador... e ainda tenho o gravador que usava para esse efeito! Credo!...) é inesquecível.

Tive um hiato em que nada se passou pois não consegui reparar os estragos que inflingi naquele moço e não me foi oferecido outro até aos meus 16 anos.

Quando chegou o Natal de 1993, no entanto, tudo mudou. Recebi o meu (nosso porque foi uma compra para a casa) primeiro PC. Um 386 DX4 a 40MHz com 4Mb de RAM e 128 de disco. Que também desfiz... mas só mais tarde!

Foi uma revolução na minha vida: passei a investir todo o meu tempo livre, praticamente, a usá-lo... para jogos! E quando não conseguia usá-lo para isso, usava-o para tentar descobrir como pôr os jogos a funcionar!... Pronto, andava tudo à volta disso. Foi à custa disto que aprendi comandos DOS e comecei a usar o Windows 3.1. Só depois aprendi a fazer instalações de outras coisas. E não tenho mais parado

Passei pelo Windows 95 ao de leve, usei extensivamente o 98 e fui para a Universidade descobrir o NT e o 2000 e a monumental invenção informática do milénio: a Internet. Usava Word... Excel... e jogos, claro. Na UM aprendi a usar os computadores para trabalhar a sério, em CAD e Access, mas também como ferramenta para me cultivar e aprender com a cada vez mais valiosa internet.

Hoje os meus horizontes ainda estão em alargamento. Estou cada vez mais curioso por conhecer sistemas alternativos aos PC's Windows como são os Linux ou (mais recentemente) os Macintosh. Invisto ainda imenso tempo a explorar. Muito mais a usar. E é em frente a estes bichos que eu me sinto bem, nem que seja 24 horas por dia.

Claro que a minha forma física ressente-se disso. Óculos não uso, curiosamente. Mas o maior problema é a hora de ir para a cama...

20080808

Coaching

Há uns tempos atrás ouvi falar disto de "coaching". Aos mais incautos, isto pode soar a um palavreado do Oeste antigo americano ou a algum método de transporte público... mas não é o caso. Este "coach" é daqueles que treinam o pessoal mesmo.
Escutei algumas realidades interessantes. Apenas vou referir aqui uma. Um "coach" é uma pessoa que, mesmo sem partilhar dos nossos objectivos ou metas, nos pode ajudar a atingi-las.

Pois bem, eu acho que sou um "coach" para certas pessoas. Nomeadamente para os meus animandos.

Quem me conhece sabe que eu sou animador há algum tempo de grupos cristãos. Bem, apenas recentemente passaram a ser "grupos" pois até ao ano passado apenas tinha "orientado" um. Tal como referi no post-resumo do ano, este ano passei para outro. Foi uma história rocambolesca que apenas vou resumir da seguinte forma: após a junção dos meus animandos com outros de outro grupo mais velho, animei 2 grupos durante 3 meses ou pouco mais (18-19 anos e 15-16), findos quais fui "alertado" pela equipa de animadores que a minha continuada presença estava a ser prejudicial para o meu primeiro grupo. Abandonei esse rumo imediatamente e concentrei-me nos mais novos.

Apesar de não poder dizer que já animei muita gente, acho que se pode dizer que já passei por uma quantidade substancial de situações com os meus animandos que me abriram os olhos para certas situações inusitadas e para as quais não estamos nunca preparados como guias espirituais e "vitais".

Seja como for, voltando à história do "coaching", eu sinto-me um pouco como o treinador daquela canalha. E um treinador diferente porque não os estou a ensinar uma ciência ou arte, desporto ou actividade profissional. Não. O que tento fazer é ensinar-lhes a viver... na presença de Deus, nos valores de Jesus. Espero a cada dia, ajudá-los a descobrir o profundo amor de Deus e o verdadeiro sentido de Igreja.

Estes foram os "primeiros"...


E estes são os "últimos"...


Este ano estão a surgir novas experiências nesta actividade. Experiências verdadeiramente desafiantes. Não as conto por respeito à intimidade dos envolvidos, mas apenas direi que está a ser uma aventura... e eu estou a adorar cada vez mais!

Como não tenho melhor maneira de o fazer, digo-o aqui a todos os meus animandos do passado, presente e futuro:

Viva Jesus nos nossos corações...

A Paternidade

Não vou, porque não posso nem quero, fazer aqui uma monografia sobre o que se pode dizer e alertar sobre a vida de pai. São deveras muitas coisas, a vários níveis. Posso, sim, seguindo a tendência geral dos tempos que correm, resumir algumas das mais importantes vivências que este estado nos proporciona.

Ser pai, para mim, não é o cabo dos trabalhos nem a tormenta que tantos anunciam ou preconizam. Não, minha boa gente. Não o é porque o retorno da experiência é por demais superior ao esforço investido. E é-o exactamente porque se investe esforço. O envolvimento com aquele novo ser, parte de nós, compensa qualquer sacrifício e torna-o irrelevante.

Ser pai também é sinónimo de uma relação com o sexo oposto. No meu caso, a minha mulher, devidamente e oficialmente esposa. Ela tem, por força de circunstâncias e opções (já para não falar de alguma preguiça minha) sido o lado desta parelha que mais tem experimentado as delícias da paternidade e eu sei o quanto isso é bom e mau ao mesmo tempo. Bom porque não me tenho abstido das actividades que regularmente levava a cabo antes de recebemos o rebento, ajudando-me na adaptação às novas exigências. Bom também porque tem dado e recebido mais da relação com a nossa pimpolha. Mau porque nem tudo num bebé são rosas e ter que lidar com os espinhos sem apoio (como acontece por vezes) é um esforço injusto para quem quer que seja.
Seja como for, o que tínhamos dantes mudou. Somos agora pessoas diferentes um com o outro, por força das circunstâncias. Apesar de por vezes aparentar que as coisas pioraram pois o tempo que investíamos um no outro é agora redireccionado para outros lados, eu sinto que estamos mais fortes a um nível mais profundo. E isso é que conta.

Agora somos três naquela casa. Agora já não somos apenas um casal. Agora não somos apenas filhos, esperança da nossa família e dos nossos pais. Somos nós próprios pais, esperançosos no futuro que temos pela frente e no legado que vamos deixar.

20080807

Lista rápida

Aqui apresento a lista das coisas que mais relevantes foram ao longo do passado ano em que nada aqui escrevinhei...

Coisas novas:
- Sou pai. Já com o rebento ao colo!
- Estou falido. Ainda sem solução...
- A equipa de animadores de que faço parte achou que seria melhor que eu abandonasse o grupo que animava e me dedicasse exclusivamente ao novo que passei a animar.

Coisas velhas:
- Continuo casado com a mesma pessoa e a morar no mesmo sítio, com a casa igual...
- Continuo a trabalhar no mesmo sítio... logo a segunda coisa nova deste ano.

20080806

É oficial

Boa gente, está decidido: eu sou uma desgraça. É a mais pura realidade e não tenho como a negar (mesmo que isto me venha a desgraçar junto da minha gaija).

Há mais de 1 ano que cá não venho...

... e há mais de um ano que não vou dando as notícias da minha vida aos mais sombrios cantos do mundo.

Mas olhei hoje, quase por acidente, para este pedaço de mim, que nunca chegou a crescer o suficiente para ser significativo... e lamentei não lhe ter investido um pouco mais de tempo.

Vai daí, vou mudar (quantas vezes já eu pensei nisto?): Vou passar a registar mais do que 1 post por ano! Já vai ser uma melhoria!

20070718

Estou... boa pergunta!

Não sei o que dizer... acabo de chegar aqui e aperceber-me que não acrescento nem um único pensamento ao meu registo pessoal de acontecimentos espalhafatosos e nem tanto há já uns 2 meses... está a correr mal esta porra...
Adiante!
Tenho net! YEESSSSSS! Tenho net em casa... finalmente... mesmo que seja à custa de me estarem a chular... sim, é net da nossa amiga PT.
E agora?
Estou grávido! Sim, eu e a minha cara-metade estamos prenhes! Já viram? Sou pai!... Ainda não sei o que pensar, muito sinceramente...
E agora?
Acho que vou ter que escrever mais... e usar menos reticências... RRRRRRR!!!

20070507

Ó infâmia!...

Venho por este meio desementir o meu último post: a net vai ter que esperar. Parece que a nossa querida empresa estatal de telecomunicações, vulgo PT, se "esqueceu" de fazer as devidas ligações para o meu humilde casebre... e vou ter que esperar que isso mude... um dia destes...